segunda-feira, 2 de setembro de 2013

As sete principais questões entre Israel e Palestina em Annapolis

Líderes discutem perto de Washington o processo de paz.
Distribuição da água e zonas desmilitarizadas são algumas das prioridades.

Das agências internacionais
(Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL193259-5602,00.html#clique)

As sete principais questões que serão abordadas na conferência de Annapolis, nesta terça-feira (27/11/2007)

"Pouco antes de começar a Conferência de Paz de Annapolis, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou que a solução do conflito palestino-israelense exige "difíceis concessões", mas se mostrou seguro de que as duas partes estão comprometidas com um avanço."


1. Criação de um Estado palestino
Os palestinos querem proclamar na Cisjordânia e na Faixa de Gaza um Estado soberano. Israel exige que seja uma entidade desmilitarizada e reclama o controle de seu espaço aéreo e de suas fronteiras.
As partes estão de acordo que Gaza e Cisjordânia, regiões separadas fisicamente, devem ser unidas de alguma forma atravessando o território israelense.

2. Fronteiras palestinas com as colônias judaicas:
Oficialmente, os palestinos exigem uma retirada israelense de todos os territórios ocupados desde junho de 1967, incluido Jerusalém Oriental.
Segundo o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, os palestinos querem "um Estado que tenha como base as fronteiras de 1967". "A superfície da Cisjordânia e da Faixa de Gaza é de 6.205 quilômetros quadrados e queremos estes 6.205 quilômetros quadrados", declarou Abbas.
Os palestinos exigem pura e simplesmente que as colônias desapareçam.
Em 2005, Israel retirou todos os assentamentos da Faixa de Gaza e quatro implantações isoladas na Cisjordânia.

3. Jerusalém:
Israel conquistou, em 1967, a parte oriental (árabe) de Jerusalém e se apropriou dela, já que considera esta cidade a capital eterna e indivisível do Estado de Israel.
A Autoridade Palestina quer converter Jerusalém Oriental na capital de seu futuro Estado e afirma que esta é uma condição não-negociável.
Nas negociações de paz de Camp David, em 2000, o primeiro-ministro israelense da época, Ehud Barak, rompeu o tabu e propôs pela primeira vez compartilhar a soberania de Jerusalém Oriental, sugerindo que os bairros periféricos árabes passem a ficar sob controle palestino.
Barak também sugeriu dar um estatuto especial à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, lugar sagrado muçulmano construído sobre o antigo templo dos judeus.
O atual primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, deu a entender que Israel poderá ceder aos palestinos alguns bairros de Jerusalém Oriental.

4. Refugiados:
Existem quatro milhões de refugiados palestinos, expulsos de suas casas quando foi criado o Estado de Israel em 1948.
Os palestinos sempre exigiram que Israel reconheça o direito ao retorno destas pessoas, conforme indica a resolução 194 da Assembléia Geral da ONU.
Israel se nega categoricamente a conceder este "direito ao retorno" porque porá fim ao caráter judeu do Estado, mas está disposto a tolerar a instalação destes refugiados no futuro Estado palestino.

5. Controle da água:
Israel controla 80% da camada freática, ou primeira camada de água subterrânea, da Cisjordânia. Os palestinos querem que se reparta da forma mais eqüitativa e argumentam que sua população cresce mais rapidamente e, além disso, sofre uma falta crônica deste recurso natural indispensável.
6. Reconhecimento do Estado judeu:
Olmert exige que os palestinos reconheçam Israel como o "Estado do povo judeu" em qualquer negociação de paz futura. Mas os palestinos consideram que aceitar este ponto significaria renunciar ao direito de retorno para seus refugiados a Israel.

7. Calendário:
Os palestinos querem que se fixe uma data limite para conseguir um acordo de paz, de preferência antes do fim, em janeiro de 2009, do segundo mandato do presidente George W. Bush. Israel se nega a estabelecer um calendário, apesar do primeiro-ministro acreditar que se pode chegar a um acordo no decorrer de 2008.  

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