quinta-feira, 31 de março de 2011

FORDISMO,TAYLORISMO E TOYOTISMO

O Fordismo e o Taylorismo
               
            O conjunto de práticas produtivas cunhado de fordismo é característico da modernidade sólida ou do capitalismo pesado, para usar expressões de Bauman, sendo importante para a organização da produção até meados dos anos 70 do século passado. O fordismo, teve seu ápice no período posterior à Segunda Guerra Mundial, nas décadas de 1950 e 1960, que ficaram conhecidas na história do capitalismo como Os Anos Dourados. "Entre os principais ícones dessa modernidade estavam a fábrica fordista, que reduzia as atividades humanas a movimentos simples, rotineiros e predeterminados, destinados a serem obediente e mecanicamente seguidos, sem envolver as faculdades mentais e excluindo toda espontaneidade e iniciativa individual " (Bauman, 2001: 33/34). Dessa forma, o modelo fordista pode ser entendido por uma série de características: "meticulosa separação entre projeto e execução, iniciativa e atendimento a comandos, liberdade e obediência, invenção e determinação, com o estreito entrelaçamento dos opostos dentro de cada uma das oposições binárias e a suave transmissão de comando do primeiro elemento de cada par ao segundo" (Bauman, 2001: 68); baixa mobilidade dos trabalhadores; homogeneização da mão-de-obra; "mão-de-obra numerosa e predominantemente masculina" (Beynon, 1995: 6); produção em massa; consumo em massa; rotinas de trabalho; controle do tempo; adaptação ao ritmo da máquina; e homogeneidade dos produtos.
                                                                        Ford e Taylor
            O fordismo, método de racionalização da produção em massa, teve início na indústria automobilística Ford, nos Estados Unidos, onde esteiras rolantes levavam o chassi do carro e as demais peças a percorrerem a fábrica enquanto os operários, distribuídos lateralmente, iam montando os veículos. Esse método integrou-se às teorias do engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor, que ficaram conhecidas como taylorismo. Ele buscava o aumento da produtividade através do controle dos movimentos das máquinas e dos homens no processo de produção. O empregado, seguindo o que foi determinado pelos seus superiores, deveria executar uma tarefa no menor tempo possível. Em relação ao desenvolvimento de pessoal e seus resultados: acreditava que oferecendo instruções sistemáticas e adequadas aos trabalhadores, ou seja, treinando-os, haveria possibilidade de fazê-los produzir mais e com melhor qualidade.

           Em relação ao planejamento a atuação dos processos: achava que todo e qualquer trabalho necessita, preliminarmente, de um estudo para que seja determinada uma metodologia própria visando sempre o seu máximo desenvolvimento.

           Em relação a produtividade e à participação dos recursos humanos: estabelecida a co-participação entre o capital e o trabalho, cujo resultado refletirá em menores custos, salários mais elevados e, principalmente, em aumentos de níveis de produtividade .

            Em relação ao autocontrole das atividades desenvolvidas e às normas procedimentais: introduziu o controle com o objetivo de que o trabalho seja executado de acordo com uma seqüência e um tempo pré-programados, de modo a não haver desperdício operacional. Inseriu, também, a supervisão funcional, estabelecendo que todas as fases de um trabalho devem ser acompanhadas de modo a verificar se as operações estão sendo desenvolvidas em conformidades com as instruções programadas. Finalmente, apontou que estas instruções programadas devem, sistematicamente, ser transmitidas a todos os empregados.
O TOYOTISMO
              De meados dos anos 70 em diante, houve uma transformação organizacional da produção, como forma de se proteger das mudanças econômicas que estavam em ritmo cada vez mais veloz. Os mercados eram cada vez mais diversificados e as transformações tecnológicas faziam com que os equipamentos de produção que tinham apenas um objetivo se tornassem obsoletos. "O sistema de produção em massa ficou muito rígido e dispendioso para as características da nova economia. O sistema produtivo flexível surgiu como uma possível resposta para superar essa rigidez" (Castells, 1999a: 176). O fordismo se enfraqueceu, a partir do final do século XX, com a introdução de novos métodos de trabalho.

           Nesse contexto, surge um modo original e novo de gerenciamento do processo de trabalho: o toyotismo A partir da década de 1980, esboçou-se nos países industrializados esse novo padrão de desenvolvimento denominado pós-fordismo ou modelo flexível (toyotismo), baseado na tecnologia da informação. Nele os trabalhadores tornam-se especialistas multifuncionais. Ele elevou a produtividade das companhias automobilísticas japonesas e passou a ser considerado um modelo adaptado ao sistema produtivo flexível. Dentre as suas características temos: a existência de um relacionamento cooperativo entre os gerentes e os trabalhadores, ou seja, uma hierarquia administrativa horizontal; controle rígido de qualidade; e "desintegração vertical da produção em uma rede de empresas, processo que substitui a integração vertical de departamentos dentro da mesma estrutura empresarial" (Castells, 1999a: 179). Não há mais uma rígida separação entre a direção (que pensa) e o operário (que executa).
                                        
           A reestruturação do modo capitalista de produção, no final do século XX, deu-se principalmente através do informacionalismo, ou seja, de uma revolução tecnológica concentrada nas tecnologias da informação, como nos mostra Castells. "As novas tecnologias permitem a transformação das linhas de montagem típicas da grande empresa em unidades de produção de fácil programação que podem atender às variações do mercado (flexibilidade do produto) e das transformações tecnológicas (flexibilidade do processo)" (Catells, 1999a : 176).

Revolução Social: A classe trabalhadora e os reflexos da Revolução Industrial

   A produção manual que antecede à Revolução Industrial conheceu duas etapas bem definidas, dentro do processo de desenvolvimento do capitalismo:

   O artesanato foi a forma de produção industrial característica da Baixa Idade Média, durante o renascimento urbano e comercial, sendo representado por uma produção de caráter familiar, na qual o produtor (artesão) possuía os meios de produção (era o proprietário da oficina e das ferramentas) e trabalhava com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento final; ou seja não havia divisão do trabalho ou especialização para a confecção de algum produto. Em algumas situações o artesão tinha junto a si um ajudante, porém não assalariado, pois realizava o mesmo trabalho pagando uma “taxa” pela utilização das ferramentas.

    É importante lembrar que nesse período a produção artesanal estava sob controle das corporações de ofício, assim como o comércio também se encontrava sob controle de associações, limitando o desenvolvimento da produção.

    A manufatura, que predominou ao longo da Idade Moderna e na Antiguidade Clássica, resultou da ampliação do mercado consumidor com o desenvolvimento do comércio monetário. Nesse momento, já ocorre um aumento na produtividade do trabalho, devido à divisão social da produção, onde cada trabalhador realizava uma etapa na confecção de um único produto. A ampliação do mercado consumidor relaciona-se diretamente ao alargamento do comércio, tanto em direção ao oriente como em direção à América. Outra característica desse período foi a interferência do capitalista no processo produtivo, passando a comprar a matéria-prima e a determinar o ritmo de produção.

     A partir da máquina, fala-se numa primeira, numa segunda e até terceira e quarta Revoluções Industriais. Porém, se concebermos a industrialização como um processo, seria mais coerente falar-se num primeiro momento (energia a vapor no século XVIII), num segundo momento (energia elétrica no século XIX) e num terceiro e quarto momentos, representados respectivamente pela energia nuclear e pelo avanço da informática, da robótica e do setor de comunicações ao longo dos séculos XX e XXI (aspectos, porém, ainda discutíveis).

     Na esfera social, o principal desdobramento da revolução foi a transformação nas condições de vida nos países industriais em relação aos outros países da época, havendo uma mudança progressiva das necessidades de consumo da população conforme novas mercadorias foram sendo produzidas.

     A Revolução Industrial concentrou os trabalhadores em fábricas. O aspecto mais importante, que trouxe radical transformação no caráter do trabalho, foi esta separação: de um lado, capital e meios de produção (instalações, máquinas, matéria-prima); de outro, o trabalho. Os operários passaram a assalariados dos capitalistas (donos do capital).

     Uma das primeiras manifestações da Revolução foi o desenvolvimento urbano. Londres chegou ao milhão de habitantes em 1800. O progresso deslocou-se para o norte; centros como Manchester abrigavam massas de trabalhadores, em condições miseráveis. Os artesãos, acostumados a controlar o ritmo de seu trabalho, agora tinham de submeter-se à disciplina da fábrica. Passaram a sofrer a concorrência de mulheres e crianças. Na indústria têxtil do algodão, as mulheres formavam mais de metade da massa trabalhadora. Crianças começavam a trabalhar aos 6 anos de idade. Não havia garantia contra acidente nem indenização ou pagamento de dias parados neste caso.

     A mecanização desqualificava o trabalho, o que tendia a reduzir o salário. Havia frequentes paradas da produção, provocando desemprego. Nas novas condições, caíam os rendimentos, contribuindo para reduzir a média de vida. Uns se entregavam ao alcoolismo. Outros se rebelavam contra as máquinas e as fábricas, destruídas em Lancaster (1769) e em Lancashire (1779). Proprietários e governo organizaram uma defesa militar para proteger as empresas.

     A situação difícil dos camponeses e artesãos, ainda por cima estimulados por idéias vindas da Revolução Francesa, levou as classes dominantes a criar a Lei Speenhamland, que garantia subsistência mínima ao homem incapaz de se sustentar por não ter trabalho. Um imposto pago por toda a comunidade custeava tais despesas.

     Havia mais organização entre os trabalhadores especializados, como os penteadores de lã. Inicialmente, eles se cotizavam para pagar o enterro de associados; a associação passou a ter caráter reivindicatório. Assim surgiram as tradeunions, os sindicatos. Gradativamente, conquistaram a proibição do trabalho infantil, a limitação do trabalho feminino, o direito de greve.

     Conclusão A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram consequências nocivas para a sociedade. Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.

Antropólogo exibe pedra maia para desmentir o fim do mundo em 2012

             ..A pedra do calendário maia que foi interpretada erroneamente como um anúncio do fim do mundo marcado para dezembro de 2012 foi apresentada na terça-feira (29) em Tabasco, sudeste do México.
              A peça, formada de pedra calcária e esculpida com martelo e cinzel, está incompleta. "No pouco que podemos apreciá-la, em nenhum de seus lados diz que em 2012 o mundo vai acabar", enfatizou José Luis Romero, subdiretor do Instituto Nacional de Antropologia e História.
              Na pedra está escrito a data de 23 de dezembro de 2012, o que provocou rumores de que os maias teriam previsto o fim do mundo para este dia. Até uma produção hollywoodiana, "2012", foi lançada apresentando esse cenário de Apocalipse.
                                            "No pouco que se pode ler, os maias se referem à chegada de um senhor dos
                                            céus, coincidindo com o encerramento de um ciclo numérico",
Afirmou Romero.
A data gravada em pedra se refere ao Bactum XIII, que significa o início de uma nova era, insistiu Romero.

FONTE. .http://br.noticias.yahoo.com/antrop%C3%B3logo-exibe-pedra-maia-desmentir-fim-mundo-2012-20110330-065153-255.html.

segunda-feira, 21 de março de 2011

O POVOAMENTO DA AMÉRICA

          De acordo com as pesquisas mais recentes, a espécie humana se originou na África. À medida que os primeiros ancestrais do homem moderno evoluíam física e culturalmente, parte deles ia se deslocando para ambientes diferentes e ocupando outros continentes. O último continente a ser povoado foi a América.
         
"O povoamento do continente americano é um enigma a ser decifrado para a compreensão da evolução de nossa espécie, chamada pelos cientistas de Homo sapiens. Ao deixar a África, onde surgiu  aproximadamente entre 200 mil e 100 mil anos, o homem primitivo  colonizou novos continentes."

          Num movimento cuja direção levou ao estreito de Bering, a porta de entrada das Américas, nossos ancestrais deixaram vestígios nos lugares por onde passaram e fixaram residência. Os sítios arqueológicos foram encontrados em maior número na Europa, Ásia e Oceania do que na América do Norte, Central e do Sul onde são mais recentes. Essa lacuna na história do desenvolvimento humano há muito tempo mobiliza arqueólogos, lingüistas, antropólogos físicos e sociais, biólogos e geólogos etc.
       "Hoje, as perguntas são: de onde vieram os primeiros colonizadores? Que rota seguiram? A migração foi contínua ou interrompida por lapsos de tempo? Quando ocorreu essa migração, ou quando ocorreram essas migrações?", explica Francisco Salzano, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), empenhado em desvendar as origens do homem americano por meio da análise genética de grupos indígenas.

          Atualmente, as hipóteses válidas para explicar como se deu e em que época ocorreu a ocupação da América baseiam-se em estudos arqueológicos. Mas cada vez que novos vestígios arqueológicos são encontrados e interpretados, todo o conhecimento produzido sobre aquele assunto tem de ser revisto e atualizado.

Os arqueólogos americanos estudam três pontos sobre o povoamento do continente:

          -- Data da chegada dos primeiros habitantes da América;

          -- Se todas as correntes migratórias teriam mesmo chegado da Ásia, pelo estreito de Bering; neste caso, a ocupação da América do Norte teria ocorrido muitos anos antes do povoamento das Américas Central e do Sul;


          -- Quando e como, afinal, o continente sul-americano teria sido povoado (há uma teoria que afirma ter havido levas migratórias de navegadores oriundos do Oceano Pacífico, de canoa, parando de ilha em ilha).

          Existem várias teorias ou hipóteses, muitas sem nenhuma comprovação e até absurdas; outras sendo seriamente analisadas, como as descobertas de Raimundo Nonato, no Piauí; outras ainda quase derrubadas, a teoria de Clóvis; e outras praticamente aceitas, no caso da rota ter sido pelo Estreito de Bering.

          A teoria tradicional baseia-se nos achados do sítio arqueológico de Clóvis, no Novo México, Estados Unidos. Os vestígios ali encontrados sugeriram que a ocupação daquele sítio no passado ocorreu há aproximadamente 11.400 anos. Pontas de flechas e ossos de mamutes indicavam que esses primeiros habitantes eram caçadores e dominavam técnicas apuradas para a fabricação de ferramentas e de outros objetos. Segundo essa teoria, os primeiros povoadores da América vieram da Ásia, atravessaram o estreito de Bering e chegaram à América do Norte. Essa travessia teria ocorrido durante a última Era Glacial, quando o nível dos mares baixou e uma ponte de gelo teria surgido ligando a Ásia à América do Norte, o que teria facilitado a travessia desses grupos humanos.

          Existe outra teoria migratória, que afirma que em período mais rescente entre 3 e 4 mil anos, grande levas humanas  chegaram navegando as costas da América central e Sul  pelo Oceano Pacífico, vindos do extremo oriente. Esta ideia é compartilhada por todos, mas está fora da discussão por ter sido há pouco tempo, mas ela explica o porque dos índios terem forte característica mongólica, por serem, de fato, descendentes dos grupos étnicos dos povos orientais. 
                                 LINHA DO TEMPO: 




50 mil anos sítio da_______ 12,5 mil ano sítio ______11,5 mil, Luzia o_____11,4 mil sítio
pedra Furada. Piauí;Brasil     Monte Verde- Chile       mais antigo fossíl       Clóvis- EUA      

           Materiais encontrados no Novo México, nominados de  "cultura Clóvis", assim batizada com o mesmo nome do sítio arqueológico em que foram encontrados artefatos produzidos por pessoas que habitaram a região entre 10.500 e 11.400 anos atrás. Esse grupo era formado por caçadores de grandes animais, tais como mamutes e mastodontes, que eram abatidos por pontas de pedra lascada bastante afiadas.

( Ponta de flecha tipo Clóvis. Fonte: Reprodução do catálogo da Mostra do Redescobrimento Brasil + 500)


          No sítio de Monte Verde, ao sul do Chile, foram encontrados vestígios arqueológicos que sugerem uma presença humana há 12.300 anos.  A nova descoberta foi feita por um chileno, o geólogo Mario Pino. Ele faz parte da equipe do arqueólogo americano Tom Dillehay, o primeiro a identificar restos de um assentamento pré-histórico na região do Monte Verde, a 800 quilômetros de Santiago.

          A arqueóloga Maria da Conceição Beltrão afirma, após escavações no sertão baiano, Brasil, que entre 20 e 30 milênios atrás, o homem já habitava o lugar, apoiada nos ossos de animais que exibem marcas de ação humana.

           Nas últimas décadas, pesquisas realizadas pelos arqueólogos Niède Guidon e Fábio Parente nos sítios arqueológicos situados no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, partem da datação de vestígios de madeira queimada (carvão vegetal) para afirmar que as populações humanas já habitavam o continente americano há cerca de 50 mil anos. Alguns estudiosos, porém, não reconhecem que esses vestígios tenham sido necessariamente produzidos por seres humanos e afirmam que os restos de carvão vegetal encontrados no Sítio da Pedra Furada podem ter ocorrido naturalmente, sem interferência humana, por exemplo, por um incêndio causado pela ação de um raio durante uma tempestade.

TÉCNICAS DE DATAÇÃO

As técnicas de datação mais utilizadas pelos pesquisadores e disponíveis atualmente são:


       CARBONO-14: A utilização desta técnica é mais ou menos precisa na análise de materiais com até 50 milênios (com margem de erro abrangendo menos de 20 ou mais que 5000 anos). O carbono-14 é um elemento presente em todos os organismos vivos, se desintegrando em uma taxa constante após a morte. Esta taxa corresponde que, a cada 5730 anos a quantidade dos átomos radioativos de carbono cai pela metade, fenômeno conhecido como meia-vida. Um aparelho chamado acelerador espectrômetro de massa, conta os átomos de carbono-14 da matéria orgânica analisada, determinando assim sua idade. ( muito usada).

URANO-TÓRIO: É empregado no estudo de objetos com milhões de anos. Funciona pelo mesmo princípio do método carbono-14, mas toma por base as meias-vidas do urânio 238 e do tório 230, mais longas.

TERMOLUMINESCÊNCIA: Esta técnica é confiável no exame de achados com poucos milhares de anos. Não se detém na radioatividade dos materiais, mas em uma emissão de luz. Assim, o fóssil é aquecido e libera, em forma de luz, energias que capturou e reteve em sua estrutura cristalina. Considerando o ambiente em que o material foi encontrado e a quantidade de energia existente nas diversas épocas, é estabelecida sua idade.

TESTES DE DNA: Através do mapeamento genético, já é possível determinar parentescos e outras características. Para os próximos anos será a grande ferramenta para a solução de variadas questões.

               Há algumas semelhanças físicas e culturais em todos os habitantes pré-colombianos. Dentre as semelhanças físicas pode-se ressaltar: todos possuem pele de tez bronzeada ou acobreada; todos possuem cabelos pretos e muito lisos; todos possuem olhos castanhos ou pretos, geralmente de forma amendoada. As semelhanças culturais serão analisadas detalhadamente na apresentação do trabalho, porém destaca-se algumas: a rápida difusão do horizonte cultural paleoíndio de pontas de projétil, como peça diagnóstico; a religião politeísta; o uso da cerâmica; padrão de subsistência de caçadores-coletores; o ferro não era trabalhado, com exceção dos Esquimós, que o importavam da Sibéria por volta de 1000 d.C.; e nas sociedades construtoras: a liteira como símbolo de status social, cabeças humanas como troféus; o significado ritual dos felinos, como o homem-leopardo ou jaguar e o homem-pássaro e ainda, a serpente aparecendo em diversas manifestações artísticas.
           O Novo Mundo é um excelente laboratório de pesquisa para o estudo do homem, tanto antropologicamente, quanto no relacionamento adaptativo dele com o ambiente natural.